A gengivite é uma inflamação nas gengivas que afeta uma grande parcela da população. No entanto, apesar de ser comum e amplamente tratada mundo afora e no Brasil, ela pode evoluir para problemas mais graves – particularmente se não for tratada da forma correta.
Neste artigo, vou explorar tudo por trás das causas e sintomas da gengivite, além de dar dicas importantes sobre a prevenção. Para quem já apresenta alguns dos sintomas descritos aqui, lembre-se: agendar uma consulta com um profissional da área é o primeiro passo para garantir a sua saúde bucal.
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O que é a gengivite?
A gengivite é uma inflamação das gengivas que ocorre geralmente devido ao acúmulo de placa bacteriana, uma camada pegajosa e incolor que se forma constantemente sobre os dentes.
A placa é composta por bactérias que, se não forem removidas, podem causar inflamações na gengiva. A gengivite é considerada o estágio inicial da doença periodontal e, se tratada de forma precoce, pode ser revertida sem grandes complicações.
No entanto, sem tratamento, ela pode evoluir para a periodontite, que causa danos irreversíveis aos tecidos que sustentam os dentes.
Os 6 principais sintomas da gengivite
Identificar os sintomas da gengivite pode ser simples – mas muitas pessoas ignoram esses sinais ou acreditam que eles desaparecerão sozinhos. Não seja assim! Como acabei de dizer, ignorar os sintomas pode agravar o quadro e levar a complicações ainda mais graves.
Então vamos lá. A seguir, conheça os sintomas mais comuns de gengivite e entenda o tratamento adequado para todos.
1. Sangramento nas gengivas
A presença de sangue ao escovar os dentes ou usar o fio dental é um dos primeiros sinais de alerta. Esse sangramento é causado pela inflamação nas gengivas e indica que a placa bacteriana está se acumulando.
2. Inchaço e vermelhidão nas gengivas
A inflamação geralmente causa um aumento no volume das gengivas, tornando-as mais inchadas e vermelhas. O inchaço, acompanhado de dor ou sensibilidade, é um forte indício de que algo não está bem.
3. Sensibilidade gengival
Muitas pessoas relatam sensibilidade ao consumir alimentos e bebidas quentes ou frias. A sensibilidade gengival é um sintoma que também costuma estar associado ao inchaço e à inflamação.
4. Mau hálito persistente (halitose)
O acúmulo de bactérias devido à falta de uma higienização correta pode causar mau hálito. Mesmo com escovação frequente, o mau hálito persiste quando há gengivite, pois a placa bacteriana continua acumulada nas gengivas inflamadas.
5. Retração gengival leve
Em alguns casos, a gengivite pode levar ao início da retração gengival, um quadro no qual as gengivas começam a se afastar dos dentes, expondo uma parte maior da raiz.
6. Aparência de gengivas escuras ou arroxeadas
A cor das gengivas saudáveis é um rosa claro, mas, em casos de gengivite, elas podem apresentar uma tonalidade mais escura, arroxeada ou até mesmo azulada. Essa mudança de cor é sinal de inflamação avançada.
Esses são os sintomas de gengivite mais comuns – e qualquer pessoa que apresente um ou mais deles deve considerar buscar orientação profissional.
Causas da gengivite
Mas por que isso acontece, em primeiro lugar? Bom, as causas da gengivite vão além da higiene bucal inadequada, embora essa seja a principal razão. Outros fatores que contribuem para o surgimento da gengivite incluem:
- Má higiene bucal: A falta de escovação correta e o uso insuficiente do fio dental permitem o acúmulo de placa bacteriana.
- Uso inadequado do fio dental: Muitos deixam de usá-lo corretamente, o que impede a remoção das bactérias entre os dentes.
- Tabagismo: Fumantes apresentam maior risco de desenvolver gengivite, pois o tabaco afeta a capacidade do organismo de combater infecções.
- Alterações hormonais: Gestantes, adolescentes e pessoas na menopausa são mais suscetíveis à inflamação das gengivas devido a mudanças hormonais.
- Doenças sistêmicas: Condições como diabetes e doenças autoimunes também aumentam a vulnerabilidade da gengiva.
- Uso de medicamentos: Alguns medicamentos podem afetar a saliva e aumentar a propensão a problemas gengivais.
É importante que esses fatores sejam compreendidos para que seja possível evitar a gengivite ou tratá-la adequadamente logo que os primeiros sinais apareçam.
A importância de um tratamento precoce
Diagnosticar a gengivite é relativamente simples, mas apenas um dentista pode oferecer um diagnóstico preciso. Durante uma consulta, o profissional avaliará o quadro clínico por meio de uma inspeção visual das gengivas e, se necessário, exames de raio-X para verificar se há algum comprometimento ósseo.
A detecção precoce é essencial, pois o tratamento nessa fase costuma ser simples e muito eficaz. Além disso, mais uma vez, o cuidado previne que a gengivite avance para a periodontite, condição que exige tratamentos mais complexos e caros.
Tratamentos recomendados para gengivite
Uma vez diagnosticada, a gengivite pode ser tratada com algumas intervenções básicas, tais como:
- Limpeza profissional: A profilaxia realizada pelo dentista é fundamental para a remoção da placa bacteriana e do tártaro acumulado. Esse processo inclui a limpeza profunda da linha gengival, onde a placa tende a se acumular.
- Orientação de higiene bucal: Além da limpeza, o dentista orienta o paciente sobre a escovação correta e o uso adequado do fio dental. Essas práticas são essenciais para evitar que a placa bacteriana continue se formando.
- Uso de enxaguantes bucais específicos: Certos enxaguantes bucais ajudam a controlar as bactérias e a reduzir a inflamação, especialmente aqueles que contêm agentes antimicrobianos.
- Ajustes na rotina de cuidados diários: Além das orientações profissionais, o paciente deve fazer a manutenção correta em casa, o que inclui o uso de escovas dentais de cerdas macias e enxaguantes sem álcool para evitar irritações adicionais.
Como prevenir a gengivite?
A prevenção é sempre o melhor tratamento. Aqui estão algumas práticas preventivas que ajudam a manter as gengivas saudáveis:
- Prática da escovação correta: Escovar os dentes após cada refeição, de forma adequada e usando uma escova de cerdas macias, ajuda a evitar o acúmulo de placa.
- Uso diário do fio dental: Ele é essencial para remover resíduos que a escova não alcança, reduzindo o risco de inflamação entre os dentes.
- Visitas regulares ao dentista: Consultas de rotina são fundamentais para garantir que pequenos problemas sejam detectados e tratados antes de se tornarem mais graves.
- Alimentação equilibrada: Manter uma dieta rica em vitaminas e minerais fortalece o sistema imunológico e contribui para a saúde bucal.
Quando procurar um dentista para sintomas de gengivite?
Sempre que surgir um ou mais sintomas mencionados, é aconselhável marcar uma consulta com um dentista. Mesmo que a gengivite possa parecer um problema menor, ela pode causar danos irreversíveis à saúde bucal se ignorada.
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